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O dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio: o Dia D do mês que celebra e reforça a importância do tema “Setembro Amarelo”.

A relação entre saúde mental e saúde bucal é uma via de mão dupla. Embora se conheça mais a influência dos transtornos mentais sobre o comportamento do indivíduo, afetando a rotina de cuidados com a saúde, recentes estudos alertam também para o efeito inverso.

Doenças periodontais e perdas dentárias, por exemplo, podem colaborar com o declínio das habilidades cognitivas (memória e raciocínio), especialmente na terceira idade. 

O cirurgião-dentista, Dr. Alexandre Franco Miranda (CRO-DF 6711), explica a relação entre a saúde mental e a saúde bucal. Ele atua clinicamente há 19 anos e, há 12 anos, é professor de graduação em Odontologia para Pacientes Especiais – Pessoas com deficiência e grupos especiais.

“O auxílio psicológico integrado à assistência odontológica especial é muito importante para o sucesso do tratamento e estratégias interdisciplinares em saúde”, comentou o cirurgião-dentista. 

Grupos especiais

Dr. Alexandre Franco atende pessoas em todas as condições de deficiência e também grupos especiais nos ciclos da vida, tais como: autistas (TEA), pessoas com síndrome de Down, com paralisia cerebral, com alterações mentais e comportamentais, com complexidades sistêmicas, pacientes da oncologia, com deformidades e alterações genéticas, indivíduos psiquiátricos, fóbicos, com esquizofrenia, com alterações sensoriais (deficientes visuais e auditivos), idosos com demência (Alzheimer), com AVC (cuidados paliativos) e outras condições que necessitem de estratégias de planejamentos e cuidados interdisciplinares. 

O cirurgião-dentista explica que pacientes com problemas mentais e/ou psíquicos apresentam a perda dos cuidados pessoais, o que acaba interferindo diretamente na cavidade oral, ou seja, no acúmulo de biofilme, saburra lingual, cáries, entre outros. 

“Essas doenças bucais contribuem para prejuízos diretos na condição mental também. É importante ressaltar que estratégias que visam a melhorias na saúde bucal acabam interferindo na saúde mental, na autoestima e na inserção social.”

Doenças do século 21

Depressão, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, síndrome do pensamento acelerado, entre outras doenças que acometem a saúde mental, são consideradas as principais doenças do século 21. Isso porque a atual sociedade gira em torno do excesso de trabalho, do imediatismo, do sedentarismo, da má alimentação, de poucas horas de sono etc. 

Tudo isso contribuiu para o desenvolvimento de doenças psíquicas e, consequentemente, doenças físicas; no caso desta matéria, problemas de saúde bucal. 

De acordo com o Dr. Alexandre Franco, a perda dos cuidados pessoais, a destacar uma efetiva rotina de higienização oral-protética, são características comumente encontradas em pacientes com depressão, transtornos psiquiátricos e psicológicos. 

“Essas condições podem contribuir para o acúmulo de biofilme dentário, cálculo supra e subgengival, sangramento gengival, cáries, dor de dente e, em casos extremos, focos infecciosos de origem odontogênica que interferem na qualidade de vida dessas pessoas, além de casos de automutilação”, pondera.

Bullying e exclusão social

O cirurgião-dentista ainda comenta outras causas que interferem diretamente na autoestima: o bullying e a exclusão social. 

“A saúde bucal envolve os dentes, a gengiva e todo o sistema estomatognático. Alterações dentárias podem contribuir para brincadeiras desagradáveis no dia a dia, a exclusão social, a não conquista de um emprego e até para o sucesso nos relacionamentos interpessoais. Ou seja, a saúde bucal é primordial para o convívio social e as boas relações, de maneira geral.”

Comenta, ainda, que estratégias como restaurações estéticas, clareamentos, reabilitações com próteses dentárias, implantes dentários e tratamentos periodontais “podem contribuir para essa inserção social e menos discriminação”.

Apoio do CRO-DF

O Conselho Regional de Odontologia do Distrito Federal (CRO-DF) apoia a Campanha Setembro Amarelo. 

Esse assunto, que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, na oferta e na busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e pela falta de informação.

“Por isso, a união entre as organizações públicas e privadas faz-se necessária para que possamos somar todos os esforços possíveis com campanhas de prevenção e atenção à saúde (mental, bucal e em seu todo). O CRO-DF está à disposição da sociedade para contribuir com a conscientização e com campanhas que ajudem a quebrar todos os paradigmas em relação ao tema”, comentou o presidente do conselho, Marco Antonio dos Santos (CRO-DF 2125).

O Conselho ainda tem a Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, formada por especialistas que acompanham, com cuidado, pacientes com algum tipo de deficiência. 

Clique aqui para conferir os 10 mandamentos dos cuidados que os pacientes com necessidades especiais necessitam.

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